Aqui me ponho a cantar...

No Volume 2 do “É Dura a Vida no Campo” coube ao Chumim a honra de fazer a introdução do livro, e ele começa sua pajada com os versos acima, ao melhor estilo Martín Fierro. O clássico argentino de José Hernández inicia com o verso:
“Aquí me pongo a cantar
Al compás de la vigüela,
Que el hombre que lo desvela
Una pena estrordinaria,
Como la ave solitaria,
Con el cantar se consuela”.
Hernández emprega o uso da primeira pessoa, encarnando a figura do cantor. Esse início vem de uma antiga tradição espanhola, numerosos romances começam assim, como esses dois exemplos a seguir, recolhidos por Alonso Cortés em 1914:
“Aquí me pongo a cantar
Con alegría y sin miedo”.
“Aquí me pongo a cantar
En esta piedra a la luna”.
Por esse motivo o grande Chumim, com toda a sua cultura, optou por iniciar com esse verso a apresentação do livro 2 das histórias do Chiru Velho.
Bibliografia: HERNÁNDEZ, José: “Martín Fierro”. 3ª ed. Buenos Aires: Editorial Atlântida, 1980 (edição com prólogo e notas de Arturo Berenguer Carisomo y Ana E. Silva).